O Emplastro de Belém
O Emplastro de Belém materializa-se na bola, na praia, nas cheias se as cheias forem atribuídas às "alterações climáticas" e, afinal, no que não seja propício a criar polémica e onde a sua intervenção é insultuosamente inútil. Nos lugares e nos momentos que carecem de um chefe de Estado, é garantido que o prof. Marcelo não comparece. Os detractores que lhe questionam o discernimento não explicam esta curiosa habilidade para evitar chatices.
As chatices ficam a nosso cargo. Um sistema de saúde que falece sem dignidade à vista desarmada. Uma corrupção fulgurante. Uma Justiça aleijada. Um ensino em cacos. Uma liberdade condicional. Uma economia de rastos. Uma fiscalidade voraz. Uma miséria imparável. Um destino negro. E, atrás e à frente de tudo, um partido que tomou conta do Estado e um Estado que tomou conta do país. E um governo cuja incompetência, arrogância e endémica desonestidade o prof. Marcelo desculpa, protege e acarinha com apreciável zelo. Esta época de gangsters exigia um líder: saiu-nos uma caricatura, que reduziu o cargo a pó. O prof. Marcelo não preside a Portugal: por omissão preside à ruína de Portugal, ou no mínimo da frágil democracia que andámos meio século a tentar amanhar. Podia fazê-lo com gravidade trágica, mas prefere o destrambelhamento cómico. E continuamos sem perceber se o destrambelhamento é opção ou fatalidade.
O que se percebe é que antes de 2016, carregadinho de livros por abrir e de honras por demonstrar, o prof. Marcelo não passava da típica "sumidade" nacional, um alegado portento que se esvazia ao primeiro alfinete ou contacto com a realidade, e que, num deserto de alternativas, os cidadãos elegeram. Desde então, tem sido uma coisa diferente. O quê? Descontadas as evidências e as suspeitas, o que em suma o prof. Marcelo mostra ser é alguém com um profundo desprezo pela totalidade das pessoas, excepto por uma pessoa em particular: ele próprio. Não há ali frase, gesto ou acção que não padeça de um narcisismo desmesurado. O exagerado fascínio que ele simula sentir pelo mundo não esconde, aliás revela, a clausura daquela cabeça.
Vocês conhecem a cabeça, de resto omnipresente em "selfies", noticiários e variedades. Mas não querem conhecer o que vai lá dentro. - Alberto Gonçalves no Observador (artigo completo no noticias myweb vodafone pt)
Check https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/o-que-se-passa-na-estrada-junto-a-ribeira-de-odivelas -- um local onde ainda não se viu o Emplastro de Belém.
ResponderEliminarÉ só para dizer que definitivamente já nada me odemira tendo em conta as últimas deste Rectângulo de odemiras e bebedores "ilustres" de ginga do Barreiro.
ResponderEliminarCheck https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/cidadaos-confrontam-marcelo-o-senhor-e-muito-educado-mas-nao-faz-nada
ResponderEliminar"O senhor fala muito bem, mas não faz nada": Marcelo acusado de enganar os portugueses por cidadão em Murça.
EliminarPresidente da República fazia uma visita às zonas afetadas pelos incêndios rurais, em Murça.
Viagem de fim de ano https://oplanetadosmacacospoliticos.blogs.sapo.pt/viagem-de-fim-de-ano-23856
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