Por Falar em Miséria Moral(isso existe por cá?)

Por falar em miséria moral: A bruxa. A mulher vai a descer as escadas ladeada por vários polícias. De repente parece tropeçar. Depois levanta-se e segue. A multidão grita. Há dias que ela é "a bruxa" ou mais concretamente uma das pessoas suspeita de ter sequestrado e maltratado Jessica. Os jornais enchem-se com detalhes sobre a vida da mãe da criança assassinada. Também sabemos dos homens com que se relacionou. Sabemos muito menos sobre "a bruxa". Há contudo um elemento patente nas fotografias e em algumas declarações de terceiros que não se escreve nem pronuncia mas se sugere: o facto de a mulher que é apresentada como bruxa ser cigana. Ou mais exactamente parecê-lo. O dicionário duplo actualmente em vigor para falar dos ciganos é de um paternalismo insustentável: se for para dar conta da exclusão na escola ou no acesso a qualquer serviço insiste-se na necessidade de dar visibilidade aos ciganos. Já se os mesmos ciganos praticarem crimes essa sua identificação é omitida sob risco de acusação de racismo. Outras vezes sugere-se essa identificação através de designações como clan (como sucede nas notícias sobre a angariação em Portugal de pessoas fragilizadas para redes de trabalho escravo geralmente em Espanha) ou grupos rivais para referir conflitos entre ciganos e africanos pois quando não há um branco para culpar o racismo desaparece e passa a rivalidade. Igualmente grave é a banalização da violência entre ciganos através de conceitos como a tradição ou os ajustes de contas. A bruxa em Setúbal mostra-nos como os nomes se tornaram uma espécie da verdade possível em cada circunstância e consoante a identidade dos protagonistas.------------- Helena Matos h 3 dias do Observador
Mais um excelente ministro,tal como o sr.Cabrita,que tão elogiado foi pelo sr.Costa,mestre em propaganda(e aldrabices várias)e em viagens e discursos além fronteiras.

Comentários

  1. De ombros encolhidos, de pé, diante dos jornalistas, Pedro Nuno Santos esclareceu na tarde desta quinta-feira a dúvida — na verdade, uma de muitas — que dominou o dia político: apesar do imbróglio criado à volta da solução para o aeroporto, o ministro não sai do Governo. “Obviamente”. mais aqui https://observador.pt/2022/06/30/pedro-nuno-santos-fica-no-governo-obviamente-e-assume-todas-as-culpas-por-erros-de-comunicacao/

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    1. Ao mesmo tempo que os serviços essenciais do dito Estado definham e ao mesmo tempo que o MP persegue pessoas e familias(que não concordam com imposições ideológicas nas escolas) deixa acontecer desgraças como a da Jessica em Setubal.Se isto não é a podridão completa o que falta mais? https://observador.pt/2022/06/24/ministerio-publico-abriu-processo-de-jessica-por-violencia-entre-os-pais-e-arquivou-o-ha-um-mes-por-nao-existir-situacao-de-perigo/

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    2. Check https://sol.sapo.pt/artigo/786998/no-pais-da-inclusao-velhos-e-binarios-excluidos

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